Que tal um doce daqueles clássicos com gostinho de infância que o vovô comprava? Confira uma lista com 5 desses quitutes deliciosos para guardar na memória, no coração e (por que não?) no livro de receitas!
Não há doce “da moda” que tire a beleza dos doces de padaria. Para os mais velhos lembram infância, para as crianças de hoje não passam de coisa de gente mais velha. Minha geração ainda teve o prazer de experimentar essas delícias sem ser atraído por algum doce muito colorido por perto.
Os doces de padaria levam na base muitos ovos e açúcar, herança portuguesa fortemente presente em nossa culinária. Comida é memória afetiva e apreciar essas maravilhas ocasionalmente com certeza faz com que boas recordações venham à tona. Por isso hoje os olhares são só deles, os saudosos doces de padaria.


O sonho de padaria é um doce polonês e o original mesmo tem recheio de goiabada. Nas padarias brasileiras ficou famoso com o recheio de creme de confeiteiro e hoje é encontrado com doce de leite e até chocolate. Mais uma receita feita com base em muitos ovos e açúcar, o sonho de padaria é um clássico que com certeza traz boas recordações, muito aconchego e que alimenta até a alma.


O suspiro é outro clássico da infância, das padarias e também dos armazéns, na sua versão mais “diferentona” e cor-de-rosa. Se não quiser esperar muito, você pode fazer para comer de colher, como eu fiz o da foto. Basta bater as claras (para cada clara de ovo, uma colher de sopa de açúcar) com uma pitada de sal até começar a espumar e depois ir acrescentando o açúcar aos poucos até que fiquem firmes, formando picos de neve.
Essa receita é do livro Pois sou um bom cozinheiro, sobre Vinicius de Moraes, recheado de histórias, receitas, poemas e fotos sobre a relação que o poeta tinha com a cozinha.


O quindim está na minha memória afetiva desde o clássico da década de XX, Você já foi à Bahia? (1944), filme da Disney, em que os personagens visitam países da América Latina e se encantam pelas peculiaridades da Bahia. Nele, a quituteira Iaiá passava com seu tabuleiro vendendo esse doce tão português e cantando Os quindins de Iaiá, da obra de Ari Barroso. De acordo com a história contada no livro Pois sou um bom cozinheiro, reza a lenda que as freiras usavam as claras dos ovos para engomar os hábitos e sobravam tantas gemas que acabaram criando esse amado doce amarelinho.


O bombocado de padaria é outro doce antigo, mas que só me conquistou há pouco tempo, depois que conheci o da Padaria Central, de Joanópólis, da querida amiga Bianca Escudeiro. Bem macio, com aquele queimadinho crocante por cima para quebrar o açúcar do doce, fica até difícil comer um só. Já encontrou um especial na sua cidade? Então corre procurar que vale muito a pena um achado desse!


Do pudim de padaria quase que não preciso nem comentar. Não há pudim mais elaborado que se compare a esse clássico. Quando bate a vontade do rei da padaria, tem que sair à procura de um bom desse quitute. Bem firminho e com gosto de infância, o pudim de padaria ainda é muito apreciado pelos mais velhos, ainda que o pudim de leite condensado seja o queridinho das festas de família.

Que tal então resgatar essas delícias? Leve seu filho, neto ou irmãozinho conhecer essas delícias! Ainda que comer na padaria seja uma das melhores partes da história, fazer em casa também é uma boa ideia. E quem sabe aos poucos ir ressuscitando esses quitutes e trazer para quem você ama um pouquinho dessa memória culinária.